Carlos Campelo
NeuroCoach Value+
PREFERÊNCIA CEREBRAL
O conhecimento deste Tema PREFERÊNCIA CEREBRAL é fundamental para quem quer fazer uma autoanálise e entender qual quadrante do seu cérebro tem mais preferência sobre os demais. Além disso, descobrir quais são as características comportamentais das pessoas que têm Preferência Cerebral semelhante a você.
De posse desses dados tão detalhados sobre você, é de se esperar que a sua visão seja aberta para entender que esses conhecimentos sobre a sua Preferência Cerebral são válidos para entender o mecanismo de funcionamento do cérebro de todas as outras pessoas. Submetidas a testes, certamente, os resultados seriam diferentes para cada pessoa. Mas, o conceito de atuação da Preferência Cerebral é o mesmo para todas elas. Essa capacidade de entendimento de como as pessoas funcionam e a habilidade para lidar com essas pessoas é o que todas as organizações vêm buscando nos profissionais que admite, principalmente aqueles cuja função é de gerenciar as diversas áreas da empresa. Portanto, entender a fundo e em detalhes sobre o que norteia você, em termos de postura mental, é entender o que orienta o ser humano em geral. E isto, certamente, lhe dará um diferencial competitivo profissional bastante significativo.
Conceitos
O conhecimento deste tema é fundamental para quem quer compreender como funcionam os seus hemisférios cerebrais. Muito mais do que compreender os conceitos sobre Preferência Cerebral, nós desejamos que você, por meio dessa vivência única e pessoal que os testes que propomos possa contribuir para que descubra como é a sua atuação mental, em termos de hemisférios cerebrais. Do que se tem notícia, há milênios o ser humano vem tentando descobrir como funciona o seu corpo e o seu cérebro. Na China Antiga, os filósofos já trabalhavam com os conceitos de cérebro Yin (hemisfério direito) e cérebro Yang (hemisfério esquerdo). Entretanto, só nas últimas décadas os médicos começaram a comprovar essas diferenças. Foi observado, por exemplo, que os danos resultantes de AVC, como os derrames cerebrais, tinham repercussões diferentes no cérebro e no corpo, dependendo do hemisfério do cérebro (direito ou esquerdo) que ele atingia.
William E. “Ned" Herrmann (1922 – 1999), mundialmente conhecido pelas pesquisas que realizou sobre o funcionamento do nosso cérebro, criou a teoria da Dominância Cerebral, levada a público em 1989 e publicada no seu livro The Creative Brain (O Cérebro Criativo), em 1995.
A teoria de Ned Herrmann, calcada nas experiências do Dr Paul D. McLean e do Dr. Roger W. Sperry (explicadas a seguir), e dos Dr. Joseph Bogen e Dr. Michael Gazzanaga, classificou o comportamento mental das pessoas em Estilos, dependendo do quadrante do cérebro que manifestamente era dominante. Isto nos deu uma maior compreensão de como as pessoas aprendem, tomam decisões, resolvem problemas e se comunicam.
Por exemplo: pessoas dominadas pelo lado esquerdo (quadrantes superior [A] ou inferior [B]) são tidas como analíticas, lógicas e sequenciais; pessoas dominadas pelo lado direito (quadrantes superior [D] ou inferior [C]) são mais intuitivas, agem baseadas em valores e têm comportamentos não-lineares.
Os conceitos sobre os quadrantes A, B, C e D serão explicados logo à frente.
A seguir, os conceitos sobre as Teorias de McLean e Sperry.
Segundo a teoria Triune, do Dr. Paul D. McLean, o cérebro humano tem três cérebros sobrepostos:
- O primeiro deles é um cérebro primitivo, semelhante ao de um réptil;
- O segundo mais velho, é o límbico, o cérebro mamífero que registra as aprendizagens por repetições baseadas em recompensas e castigos. É onde está assentado o controle do nosso sistema nervoso autônomo;
- Finalmente, em cima do cérebro límbico, está o neocórtex. Sendo o córtex o mais recente dos cérebros, ele constituiu-se como uma "capa" neural que recobre os lóbulos pré-frontais e frontais dos mamíferos. Esse chamado "córtex pensante” encontra-se desenvolvido nos primatas, mas seu desenvolvimento destaca-se muito mais no ser humano.
Já na teoria do Dr. Roger W. Sperry, ele imaginou o nosso cérebro, tendo dois hemisférios: um esquerdo e um direito, sistema este que já foi confirmado pela ciência neuropsicológica, onde ficou estabeleceu que as nossas habilidades mentais são lateralizadas e o Sistema Límbico e o Neocórtex são compostos de dois hemisférios cada um: esquerdos e direitos. Sua teoria prevê conectores que provêm caminhos de comunicação entre as metades esquerda e direita e vice-versa.
A pesquisa que deu origem a esta teoria iniciou-se nas décadas de 1950/60, quando o Dr. Roger W. Sperry e sua equipe, para reduzir os efeitos da epilepsia, desfaziam as conexões entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro dos seus pacientes. Por meio dessas experiências, os estudos de Sperry confirmaram que os dois lados do cérebro cumpriam funções diferentes. O lado esquerdo (que controla o lado direito do corpo) lida, principalmente, com a lógica, a linguagem e o tempo. O lado direito (que controla o lado esquerdo do corpo) trabalha com intuição, emoção, visão, imaginação e orientação espacial. Pelo seu trabalho sobre Hemisférios Cerebrais, o Dr. Roger W. Sperry ganhou o Prêmio Nobel de Medicina, em 1981.
Estas descobertas de Sperry foram confirmadas por vários outros cientistas. A partir de então, começaram as pesquisas para tentar mapear e identificar qual a porção do cérebro humano (hemisférios esquerdo e direito) era mais utilizada pela maioria das pessoas. Essas pesquisas apontaram que o nosso habitat (a família, a comunidade, o país, a educação escolar que recebemos, etc.) é o responsável pelo direcionamento de utilização dos nossos hemisférios cerebrais. Resumindo, a nossa educação, por valorizar mais a racionalidade, a matemática e o estudo de idiomas é que nos impele a que desenvolvamos muito mais o hemisfério cerebral esquerdo do que o direito. Direcionamento esse que sempre foi muito apoiado pelas empresas.
Há alguns anos, livros do tipo “Inteligência Emocional” ganharam o interesse de pessoas e profissionais. Passaram a mostrar que equipes de trabalho diversificadas, em termos de comportamento cerebral, poderiam ser uma fonte adicional de lucros, já que as equipes poderiam produzir mais e melhor, pois se tornavam mais competentes. Lembrando: competência é um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que produzem uma atuação diferenciada em cada pessoa. Como era de se esperar, esse conhecimento mexeu com as organizações, acostumadas que estavam a valorizar mais a racionalidade do que a emocionalidade.
As pesquisas realizadas nos últimos anos demonstraram que a
direção da maioria das empresas sempre valorizou indivíduos que desenvolveram fortemente preferências para utilizar o lado esquerdo do cérebro. Como resultado disso, as organizações sempre tenderam a focar as suas atividades em áreas que são mais orientadas para o lado esquerdo do cérebro, ou seja, áreas operacionais e administrativas, burocratizáveis. Por isso, as atividades ligadas ao lado direito do cérebro são utilizadas com frequência muito menor. Como consequência, as pessoas que utilizam mais o lado direito do cérebro sempre tiveram poucas chances de progredir nessas organizações.
Quando uma organização foca apenas as atividades que estão mais dirigidas para o lado esquerdo, entende-se que esteja utilizando, no máximo, 50% da capacidade produtiva de suas equipes. Ao mesmo tempo, por não valorizar as funções do lado direito e ser muito burocrática, não consegue conectar-se com o mercado como um todo.
É a partir daí que entendemos a importância do processo criativo nas organizações, já que o mesmo tende a gerar um movimento entre os centros de pensamento intelectual e cognitivo.
O que podemos constatar é que, na nossa sociedade, despendemos mais tempo e trabalho com as nossas habilidades ligadas ao hemisfério esquerdo. Portanto, como já foi mencionado, a educação tradicional preocupa-se muito mais com a nossa habilidade de ler, escrever, calcular, as quais estão totalmente vinculadas ao nosso hemisfério cerebral esquerdo, ao passo que a arte, a música, a poesia, que são habilidades ligadas ao hemisfério direito, não são consideradas prioritárias ou importantes.
Óbvio que o indivíduo criativo não é aquele que apenas usa o lado direito do cérebro, mas, principalmente, aquele que sabe utilizar bem os dois hemisférios cerebrais. E o ideal é que as pessoas desenvolvam todos os quadrantes, apesar de terem um preferido. Nada impede que a pessoa tenha um quadrante preferencial, mas desenvolva todos os seus hemisférios. É mais ou menos como o fato de as pessoas terem duas mãos e serem dominantemente canhotas ou destras. Apesar de ter uma mão dominante, é fundamental ter as duas para realizar uma série de atividades importantes.
Entendendo o seu estilo de comportamento mental pela sua Preferência Cerebral, você pode alcançar mais compreensão de como você aprende, toma decisões, resolve problemas e se comunica. O Questionário NBI que está disponível no site http://carloscampelo.com.br mede, portanto, preferências e não habilidades. Não é um teste de competências. Não há nenhuma resposta errada. Por isso você ganhará mais se tiver respondido `as perguntas francamente e sinceramente. Isto, sim, pode melhorar a base das suas decisões futuras.
Apesar de terem um estilo preferencial, as pessoas mudam a todo momento, enquanto vão se adaptando às situações. Nós, raramente, passamos um dia inteiro em um só quadrante. Usado no jeito certo, estes flashes de perfis de personalidade podem nos ajudar a ser mais efetivos como colaboradores ou mesmo líderes de uma equipe. Todas as equipes precisam do comportamento de todas as Preferências Cerebrais e o melhor modo para montar a melhor equipe é deixar que a diversidade natural atue livremente. A chave, portanto, é encorajar cada pessoa a fazer bem o que ela faz bem. Dar a cada pessoa o conhecimento de qual é o seu Estilo Preferencial e de qual é a sua contribuição efetiva para uma equipe poder acrescentar uma nova perspectiva na formação e no desenvolvimento de grupos de trabalho. Embora seja de bom senso que uma equipe precisa de diversidade, a prática comum faz o contrário, ou seja, enfatiza a conformidade.
De maneira geral, o nosso maior desafio é adaptar nosso estilo pessoal para nos relacionarmos melhor com as pessoas com quem lidamos. Por exemplo, se você considerar a pessoa com quem você melhor se relaciona ou aquele que você acha mais fácil de atrair, a possibilidade é de se que o estilo primário dessa pessoa seja semelhante ao seu. Por outro lado, aquela pessoa que você acha mais difícil de se relacionar, normalmente, é aquela cuja Dominância Cerebral é diferente da sua.
Portanto, o objetivo deste tema é melhorar sua habilidade para reconhecer o Estilo das pessoas com quem você lida - tanto pessoal quanto profissionalmente. Por exemplo, quando a Preferência Cerebral de uma pessoa é reconhecida, será possível modificar ou adaptar seu jeito de ser ao estilo dela, para obter a melhor comunicação possível. Este método pode não funcionar totalmente, mas oferece uma alternativa na forma como você se comunica com essa pessoa, caso não esteja sendo bem sucedido com a forma que está usando.
Isto posto, vale agora compreendermos as características de cada um dos tipos de Preferência Cerebral:
A – RACIONAL,
B – ORGANIZACIONAL,
C – RELACIONAL e
D – EXPERIMENTAL.
A - RACIONAL – Hemisfério Superior Esquerdo
Nenhuma Preferência Cerebral deve ser considerada boa ou má por si só, nem mais valorizada do que outra. Elas são, simplesmente, tipos de percepções e comportamentos mentais de pessoas.
O indivíduo RACIONAL valoriza a ação, os resultados, as atitudes práticas e as decisões rápidas. É, portanto, pessoa voltada para a tarefa. Faz parte das suas manifestações os atos de dar ordens, vencer desafios, ser impaciente com as pessoas, ser voltado para o aqui e o agora e utilizar-se do método de tentativa e erro para resolver problemas. É direto e franco sobre acontecimentos, situações e pessoas. É realista e prático no trabalho
Sente facilidade em administrar, analisar, planejar, criticar e quantificar. É lógico, numérico e monetário. Gosta de saber como as coisas funcionam. É responsável pelo trabalho em andamento e monitora o trabalho dos outros. Demonstra e treina as pessoas para adquirir habilidades profissionais, controla custos de projetos, delega tarefas e faz acompanhamento. É objetivo, decidido e assertivo. Um realizador e executor dedicado.
Suas habilidades, normalmente, estão voltadas para a análise crítica, já que gosta de estar bem informado. Compreende bem os elementos técnicos e é capaz de discutir de forma racional. Sua lógica de solução de problemas, normalmente, é a cartesiana. Gosta de pesquisar dados e trabalha bem com números, estatísticas e dados. Suas decisões são sempre baseadas em números. É direto, objetivo e reage sempre de forma não-emocional. Tem facilidade para debates. Exige qualidade, prazo, custo e trabalho completo. Encontra atalhos nos procedimentos e se o trabalho está atrasado, toma providências. Está sempre checando se o trabalho terá o resultado esperado. Dirige as pessoas e as ensina para que ajam rapidamente quando precisar. Desenvolve mecanismos para enfrentar a concorrência e mantém a perspectiva em relação aos resultados necessários. Introduz mudanças na programação dos trabalhos, quando necessário.
Pode ser visto pelos outros estilos como dominante, frio e reativo. É tido como um gerador de crise e mau planejador. É viciado em trabalho, assume riscos e é discriminador. Também é visto como autoritário, arrogante, desorganizado, desconfiado e superficial.
Você, que é de outro estilo, para se comunicar bem com um RACIONAL observe o seguinte: inicialmente, seja formal e evite excesso de intimidade. Indique os resultados e a viabilidade da sua ideia. Apresente dados financeiros, técnicos e, se possível, estudos e discussões de casos. Use modelos visuais e seja breve. Evite ser muito conceitual e detalhista. Com um RACIONAL, a comunicação verbal é mais eficiente do que a escrita. Não faça rodeios. Tenha alternativas mas só as apresente se necessário. Prepare-se para receber críticas.
B - ORGANIZACIONAL – Hemisfério Inferior Esquerdo
O indivíduo ORGANIZACIONAL valoriza os dados, os fatos e a organização, a lógica e a ordem. É, portanto, uma pessoa formal, voltada para a obediência às regras estabelecidas. Faz parte das suas manifestações ser metódico, sistemático, previsível, organizado e pontual. Seguir normas, ser conservador, reservado e prudente; exigir fatos e detalhes, ser radical e objetivo; procurar alternativas, mas sempre obedecendo o “status quo” tradicional. Inspira confiança. Não gosta de correr riscos e é bastante precavido. Detalhista, é dirigido para procedimentos e processos. É bom ouvinte e persistente como profissional.
Sente facilidade em estabelecer procedimentos e regular comportamentos. Organizar, planejar e agendar tarefas. Adotar ações preventivas contra a desordem e ser o guardião das normas existentes. Acompanhar resultados. É profissional sério e formal. Costuma ser bom assessor.
Suas habilidades, adquiridas pela prática, normalmente, estão voltadas para orientações claras, estruturadas e organizadas, além de bem planejadas. Tem facilidade para encontrar falhas e lidar com contratos e documentos escritos. Suas habilidades na comunicação são para prover informações na base do passo-a-passo. Prefere aprender por meio de atividades que reforcem conteúdo e métodos tradicionais já comprovados. No trabalho, vê os problemas de forma prática e consistente. Normalmente, lidera de forma estável e é firme nas posições que toma. É resistente a mudanças nos métodos de trabalho e rígido quanto a políticas e procedimentos. Esmerado no trabalho, não é influenciável por emoções. Aceita bem as pressões do trabalho e exige perfeição de si e dos outros.
Pode ser visto pelos outros estilos como indeciso, lento na tomada de decisão e impessoal. Cuidadoso demais, minucioso demais, rígido e sério em excesso. Frio no relacionamento, pouco dinâmico e muito controlador.
Você, que é de outro estilo, para se comunicar bem com um ORGANIZACIONAL, observe o seguinte: inicialmente, seja organizado, específico e forneça detalhes. Seja formal, apresente sua ideia de forma clara, lógica e sequencial. Ofereça outras alternativas. Dê e peça explicações. Evite ser generalista e apoiar-se em truques e argumentos emocionais. Também não funciona fazer associações vagas ou, como se diz, “viajar na maionese”. Não se desvie do assunto ou do objetivo que o levou até ele.
C - RELACIONAL – Hemisfério Inferior Direito
O indivíduo RELACIONAL valoriza as pessoas, os relacionamentos e o trabalho em equipe. É, portanto, uma pessoa voltada para o social. Faz parte das suas manifestações ser informal, afetuoso e persuasivo. É amigável, humanista e sensível. É um apoiador e é sensível às necessidades das outras pessoas. Gosta de ensinar, ouvir, observar e compartilhar ideias. É sensível à música. Reflete emoções e demonstra compreensão pelas pessoas. É paciente e falante. Na empresa, demonstra preocupação com os impactos da atuação desta sobre o ser humano. Estimula a cooperação e o progresso. Sente facilidade em vivenciar a compaixão e expressar emoções. É, normalmente, um bom comunicador. Estimula as atividades sociais e é um facilitador de contatos pessoais. Normalmente, fala muito e se expressa muito bem. Faz boa leitura de linguagens não-verbais, é empático e percebe os sentimentos dos outros.
Sabe conciliar e persuadir. É cinestésico (percebe o mundo pela mistura dos sentidos - um perfume evoca uma cor; um som lembra uma imagem) e sempre considera valores pessoais, além de compreender elementos emocionais. Está sempre envolvido emocionalmente com as pessoas. Expressa lealdade e comprometimento. Induz as pessoas a fazerem seu trabalho. Suas habilidades, normalmente, estão voltadas para compartilhar experiências e entusiasmar pessoas. Nas discussões em grupo sempre trabalha em favor do consenso. Sempre dá um toque especial nas coisas que faz. Trabalha para que os sentimentos dos outros sejam respeitados. É espontâneo, otimista e, normalmente, tem a consideração de todos que o cercam. É informal nos relacionamentos. Delega responsabilidade com maior confiança e é capaz de avaliar subordinados. Normalmente é empático e confidente.
Pode ser visto pelos outros estilos como manipulador, político e sentimental em excesso. Puxa-saco, suave e sensível. Pessoa que foge de decisões mais duras e que mistura fatos com emoções. Que precisa de ajuda externa para se entusiasmar. Como pessoa sentimental que é, tem dependência externa já que quer e precisa ser gostado. Tende a ser subjetivo, postergador, impulsivo e pouco assertivo.
Você, que é de outro estilo, para se comunicar bem com um RELACIONAL observe o seguinte: Inicialmente, seja informal e mantenha proximidade física. Personalize ao máximo o contato e fale sobre os seus sentimentos, interesses e convicções. Mencione que outras pessoas (cite os nomes se possível) gostaram da ideia que você vai lhe apresentar. Saliente em que a sua ideia é valiosa para o ser humano e a especifique. Evite iniciar o contato indo direto ao assunto. Bata um papinho antes para quebrar o gelo. Evite propor mudanças radicais e seja caloroso. Evite ser impessoal.
D - EXPERIMENTAL – Hemisfério Superior Direito
O indivíduo EXPERIMENTAL é holístico e espontâneo. Valoriza a liberdade, as ideias, a criatividade, a originalidade e os conceitos. É, portanto, pessoa voltada para o futuro. Faz parte das suas manifestações lidar com insights (percepção consciente) e abstrações que tenham implicações a longo prazo. Despreza detalhes, tolera ambiguidades e usa metáforas. Fica boa parte do seu tempo absorto em pensamentos. Tem visão macro, é conceitual e especula. Intui soluções inovadoras, corre riscos, é impetuoso e imaginativo. Quebra regras, gosta de surpresas e percebe oportunidades. Tem boa visão sistêmica. É capaz de focalizar o ponto central da tarefa ou as causas centrais de problemas.
É curioso, intuitivo e adora surpresas. Imprevisível e inconformado. Sente facilidade em visualizar os fatos e gosta de experimentar. Explorar novas ideias, inventar soluções inovadoras, desenvolver teorias, inferir, ter visão geral das coisas. Odeia rotinas e adora desafiar normas e políticas rígidas. É comprometido com mudanças. Persistente no trabalho de solução de problemas. Idealista, inovador e original. Tem visão global e estratégica.
Suas habilidades, normalmente, estão voltadas para tomar iniciativa, desenvolver projetos e inventar; provocar mudanças, fazer experiências, integrar e vender idéias; lidar com o futuro e enxergar o fim a partir do começo. Descobrir coisas, explorar possibilidades ocultas, sonhar acordado, brincar e ser visual. Tem mente inquiridora e imaginativa em relação à busca de solução ou identificação de problemas. Capta facilmente teorias e apreciam a pesquisa intelectual. Assume responsabilidades e riscos pessoais no cumprimento das funções de liderança. Percebe oportunidades.
Pode ser visto pelos outros estilos como distraídos, sonhadores e pouco práticos. Vivendo no mundo da lua, muito teóricos e irrealistas. Autocentrado, dogmático, fantasioso, desligado e arrogante.
Você, que é de outro estilo, para se comunicar bem com um EXPERIMENTAL observe o seguinte: Inicialmente, seja informal e flexível, mas não seja muito pessoal. Indique os pontos inovadores, a viabilidade da sua “ideia” e faça uma síntese global. Disponha de tempo e não se apresse em concluir. Seja criativo e pense em várias maneiras de tratar o assunto. Apresente uma visão de longo prazo. Seja conceitual e estético, mas não seja muito detalhista. Não deprecie as ideias dele.
BIBLIOGRAFIA
Dominância Cerebral El Cerebro Creador; Ferreras, Anibal Puente; ANAYA
The Creative Brain; Herrmann, Ned; MCGRAW HILL
The Whole Brain Business Book; Herrmann, Ned; MCGRAW HILL

